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Elena Landinez (n.1982) é uma artista visual latinoamericana que dá forma a suas ideias através da criação de obras e espaços vivos de encontro. A sua prática explora a relação com o tempo e a memória, marcada pelo movimento das águas e dos sonhos. Sistematiza através de coleções, taxonomias, desenhos e pinturas, os percursos e viagens que realiza para mapear as desimportâncias poéticas, o lixo, os fragmentos, dos lugares traçados pelos sonhos e pelas águas. 

 

Elena, confia em seu próprio estilo de realismo mágico para retratar, organizar, mostrar e deformar os rastros de uma humanidade e não humanidade, em decadência e ao mesmo tempo em processo de câmbio. Suas pinturas, desenhos e coleções trazem um ar lúdico misturado com as realidades do tempo presente.

Desde 2008 propicia, cria e participa de encontros entre pessoas interessadas na arte como um lugar vivo de criação. Tem encontrado nas residências, um lugar de prática e aprendizado.  Desde o 2010 até 2014 participou como curadora e co-fundadora da Residencia en la Tierra, uma residência localizada na área rural cafeeira da Colômbia (Armênia). Artistas de vários lugares do mundo chegaram a participar dos workshops e temporadas de residência, apoiados pelo Ministério da Cultura da Colômbia e a Rede Iberoamericana de residências em rede, apoiada pela AECID, Espanha. Nesse período fez parte do equipe curatorial de intercâmbios entre as residências Centro Rural de Arte, Argentina, Terra Una, Brasil e CRAC, Chile. Em 2011, trabalhou como curadora do equipe no Salão Regional de Artistas, Colômbia, para o Museu de Arte Moderno de Medellín ( MAM) e o Museu de Arte de Pereira ( MAP).  Nesse mesmo período de tempo e com alguns dos membros da Residencia en la Tierra, criaram o coletivo Sociedad Invisible, onde criaram espaços vivos de encontro entre pessoas interessadas na arte como forma de vida. Deram vida a uma revista, festas, festivais de performance e algumas exposições.

 

Desde 2013 mora em Salvador e atua como artista visual entre diversas cenas culturais, residências e projetos. Em 2021 coordena e cria, junto com Luísa Hardman, o projeto “Onde está Eckenberger?” Inventário de uma vida: um convite para adentrar o acervo pessoal no ateliê do artista Reinaldo Eckenberger (1938 - 2018, artista argentino - alemão - baiano). Em 2022 realiza sua primeira exposição individual, “Ventanas de Mares”, no Instituto Cervantes Salvador, um diálogo com o mar, o tempo e os sonhos, criado a partir de memórias e fragmentos coletados em diferentes praias, mares e baías.

 

As histórias que invento marcadas como oráculos, encontram caminhos, pessoas, pistas, huellas, danças, de uma humanidade retratada pelos rastros das desimportâncias, lixo e outros microcosmos. Assim como a ciência descobre vidas, assim mesmo, também invento outras possibilidades de existências, criando híbridos entre seres vivos e máquinas de transporte, entre seres humanos e seres plantas, animais e entes invisíveis.  Os universos que crio vem de dentro de cada ser ou às vezes de um sonho que se revela na hora de dormir.

Meu trabalho consiste em duas práticas: o trabalho de campo, uma pesquisa intuitiva e oracular, tomando estes mecanismos de escuta e ação: 

1. a viagem, deslocamento ou movimento (caminhar, dançar, mergulhar, nadar) mecanismos de conexão com o entorno.

2. a coleta, a coleção e a catalogação de rastos, humanos e não humanos; inutilezas, lixo e outros microorganismos. 

3. a viagem no tempo através do papel: tendo o caderno como um lugar de estudo, uma testemunha de um presente.

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